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quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Homenagem: Mestre Carlos Patrício Samanez E Meu Desabafo.

Homenagem: Mestre Carlos Patrício Samanez E Meu Desabafo.

 
“Um professor universitário foi encontrado morto nesta quarta-feira (17) na Quinta da Boa Vista, zona norte do Rio. Segundo o delegado Fábio Cardoso, titular da DH (Divisão de Homicídios da Capital), o corpo de Carlos Patrício Samanez foi achado em um lago do parque e identificado no IML (Instituto Médico Legal).
Samanez era peruano e dava aula na PUC-Rio (Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro) e na Uerj (Universidade Estadual do Rio de Janeiro). De acordo com o delegado, a família afirmou que ele tinha o hábito de passear com o cachorro no parque.
A mulher e a filha do professor sentiram falta dele ao voltarem de uma viagem. Elas identificaram o corpo no IML. Segundo a polícia, a liberação do corpo já foi autorizada para que a família realize o enterro no Peru.
Cardoso informou que a especializada pretende buscar testemunhas e câmeras de seguranças da região que ajudem na identificação dos suspeitos. Hipóteses de latrocínio — roubo seguido de morte — e homicídio não são descartadas.”

Pois é meus amigos aqui do site, alunos, professores e demais amantes da matemática e do ensino. Andei sumido. Deprimido mesmo. Mas digo, a função da vida é te colocar de joelhos, a sua, de levantar. Não, você não vai bater na vida. Fique a vontade para tentar. Posso dizer (e meu caso é bem lúcido nesse sentido); até os 19 eu bati na vida. Podia tudo. Era forte e ia mudar o mundo. Peço que leiam com carinho, pois nunca escrevi aqui em 1º pessoa. O texto deve ser longo, mas assim vocês podem saber que existe um ser humano aqui atrás de tanto número, afinal. E um pouco da minha história, em forma de desabafo. Entrei em 1998/2 na UERJ como aluno de Ciências Econômicas. Tinha dois problemas ao meu redor. Um era conseqüência do outro. Eu aprendi, no fatídico dia de 24/06/1997 que não mais bateria no mundo, nem tampouco o mudaria. Falecia meu pai, Sr. Ivo Barbosa, vindo da roça no interior de São Paulo, formado (não sei como) em engenharia mecânica pela USP, 45 anos, bom pai, correto e com muitas semelhanças com quatro das grandes influencias que tive na faculdade. Manuel Sanchez De La Cal, Ubiratan Jorge Iório, Carlos Patrício Samanez e Honório Kume. O segundo problema era esse, não intencional, tive grandes influências, e acabei me aproximando involuntariamente desses grandes professores. Quando não se tem pai, se procura alguém para conversar. Uma referência, sei lá. Mas vou me ater ao querido Samanez.

Era um dia como outro qualquer. As 23:00 mais ou menos, dia 17 passado, abri meu facebook e o blog aonde posto minhas aventuras matemáticas para você leitor. Li estarrecido logo de primeira a postagem do professor Ubiratan, sim, foi exatamente a primeira coisa que li. Caíram lagrimas, tomei remédio, mas nada fez efeito. Lembrei de tudo como um retrocesso, algo meu, muito pessoal. Perdi mais um dos pais que me adotaram tão graciosamente durante e depois da minha graduação. Mas como? Covardemente assassinado. Deixo isso para o final.

Minha primeira aula com ele foi em 1999, análise de investimentos. O livro dele é referencia no Brasil, considerado como o melhor por muitos. Uma curiosidade, ele não falava português perfeito, apesar de já estar no Brasil há um tempo. Mas você entendia perfeitamente. E nos meus 20 anos, querendo ou achando que iria mudar o planeta ainda, me assustei depois de alguns anos (me dedico à matemática desde os 13) com uma equação no quadro. Um infeliz aluno pediu para ele dar uma revisão de logaritmos. Parece grosseiro, mas ele se negou, pediu ao aluno educadamente que fosse para casa e refizesse todo o livro de matemática do segundo grau, pois aquilo prejudicaria aos demais, tendo em vista que era um curso de graduação, e ele não poderia ou deveria dar uma aula de segundo grau em tais circunstancias. Nosso estimado aluno comunista (nos primeiros semestres de economia sempre existem eles, podem acreditar), foi deselegante e nessas palavras o respondeu: “Mas quem disse ao senhor que em economia se usa matemática?” Gente, estou rindo aqui, mas ele respondeu um pouco indignado: “O nome da minha matéria e pelo menos a minha formação acadêmica.” O aluno ainda saiu de sala e foi fazer queixa na secretaria. Uma grosseria? Jamais. Fiquei fascinado com a firmeza com que ele definiu o assunto e mostrou a que veio: Cumprir o determinado. Ninguém manda na sua aula. Ele sabe o que faz. E melhor, uma coisa que vi muito nos anos de faculdade, foi aluno em que o professor passa a mão na cabeça. Isso não ajuda ninguém. Eu nunca aprendi introdução à economia II, a macroeconomia, pois a docente chegava com meia hora de atraso, falava do seu partido político, e saía com meia hora de adiantamento.  Fui aprender macro com um mito, alias esquecido nas minhas grandes influências listadas: Professor Salazar Brandão. Porque estou falando? Revolta. Chega de ficar calado. Quem chega atrasado não deve ser esquecido, e quem chega na hora não deve ter recompensas. E o Samanez chegava dez minutos antes, e como eu praticamente morava na faculdade, tinha o prazer de vê-lo chegar antes e começar a preparar seu quadro (entenda, antes da aula, não era sua obrigação.) Muitos dão a matéria pelo meio, difícil um aluno de economia saber gradiente em cálculo, por exemplo. Ele completou o livro, e na outra matéria também, fomos castigados exaustivamente. Ninguém nunca pode afirmar, pelo menos na minha presença, que sua aula ou ele eram carrascos. Ele era correto. E a aula, muito bem explicada e pacientemente, ele tinha o prazer de voltar a matéria quantas vezes fosse necessário. Assim nascia uma amizade, pois a quem acompanha meu trabalho, sabe que sou mais conhecido pelas proezas e aventuras numéricas do que econômicas. Tinha fascínio pela família, não só a dele, perguntava sempre como estavam as coisas em casa. Durante a análise de investimentos, não raro eu o encontrava sentado com seu cigarro e seu jornal e o inseparável café, e claro, ia perguntar alguma coisa. Ele ria, entendo que era chato, mas perante a dedicação, eu sempre mostrava varias questões na minha incansável prancheta, e dizia: Mestre, essas três eu não consegui, me ajuda? Ele sacava sua caneta, e começava: “Daqui tem um pulo para cá, eu não coloquei, quero que vocês descubram, e aqui tem uma fórmula... E agora vai a biblioteca, que você consegue.” La ia eu, e lembro como se fosse hoje uma questão do tipo “Rodrigo tem cinco reais no bolso, resolva o problema da inflação no Brasil, Rs...” e eu entendi a solução, e entendi a tática, ele queria ser um condutor, não um ensinador, um professor, alguém que caminha contigo, e não que te aprova. Nossa, é muito bom lembrar disso. Seguiu-se o curso, e ele sempre foi gentil comigo, nas piores horas, eu por causa do trabalho, no meio do curso retornei ao mundo automotivo, o professor de econometria dava aulas só de manhã e não se sensibilizou com minha causa, eu queria sair da faculdade então. O De La Cal, Samanez e demais mestres não deixaram isso acontecer. Pedi minha demissão e fui à luta com duas bolsas. Lembro do samanez me falar: “Mas depois de tanto tempo, meio de curso, será como se você não tivesse feito nada!!!” E conclui meu curso em 2006. Outro fato que me fez gastar boas risadas com o Manuel Sanchez foi um dia em que um aluno passou a prova do Samanez por baixo da porta para que outro aluno a fizesse. Era segundo período, eu já estava me formando. O mestre Samanez chegou até ele e perguntou onde estava sua prova, o aluno então foi levado à diretoria. O De La Cal me contou isso, estávamos tomando café. E rimos muito, mas a conclusão era óbvia: Ele tinha que ser expulso. E me aparece o Samanez, que começou a rir junto. O De La Cal perguntou o fim da história, ele rindo demais disse que teve uma conversa séria com o aluno na sua sala, e que era garoto novo, ia aprender. Hoje é um ótimo profissional. E foi uma tarde regada a uma excelente conversa, eu ali entre dois homens justos, íntegros, honestos, pais de família e trabalhadores. Incrível dizer isso dadas às circunstâncias, mas estou aqui rindo lembrando da cena. Se sorrir agora parece inconveniente, no dia que meu pai faleceu, fui à praia pela manhã, e estava escrito em um muro: “A maior virtude de um homem é sorrir quando deve chorar.” Enfim, um homem que deixa alegria.

Me formei em 2006, e voltei ao mundo automotivo. Como dou aulas desde os 17 anos, porém já tinha experiência no ramo automotivo, lá fui eu. Mas a UERJ é um bicho que te morde, e sempre estive por lá. E o professor Samanez ainda me atendia, lembro desse encontro com carinho: “Olá, soube que foi contratado pela Citröen...” Eu feliz o cumprimentei, e explanei alguns problemas que a empresa passava. Ele me puxou a sua sala, e sem obrigação nenhuma, me esclareceu muito com suas experiências em grandes empresas. “Rodrigo, vá por este caminho...” E tudo deu certo. Sempre voltei para incansáveis conversas com ele, o De La Cal e o Ubiratan. Outro grande amigo aqui a ser lembrado é o Aléxis Toríbio, grande economista e pessoa. Há dois anos me encontrei pela ultima vez com o mestre Samanez, eu procurava conselhos para um mestrado em economia. Fui muito bem atendido por ele na secretaria, perguntado sobre minha família e eu sobre a dele, e lembramos velhos tempos, claro, com seu café inseparável café. Depois conversei muito com o Ubiratan e o professor Honório me deu umas dicas, ele ainda me disse que meu campo era a exata, que eu fosse para o IMPA. Bom, me despedi do mestre Samanez, nunca pensando que isso aconteceria. Uma perda inestimável, algo que não consigo pensar, não fui ao enterro (ele foi cremado, e suas cinzas devem estar em seu país natal agora.) Que Deus o tenha. Certamente, perdemos não um mestre, um professor, um trabalhador, alguém que me inspirou em muito na ciência exata. Perdemos um exemplo de ser humano, a ser seguido. Com a saída da Citröen em 2008, devido à crise e os cortes salariais de bônus, voltei a me dedicar inteiramente às aulas. No ano passado, montei o 314, e ele curtiu o site e me indicou para muitas aulas, sempre que eu colocava meus posts no facebook da economia, tinha uma curtida la. Mais do que isso, minha mãe voltou a trabalhar, ela cuida de idosos. Eu montei uma pagina para ela também, e qual não foi minha surpresa ao ver que ele curtiu também. Sim, sempre solícito, disposto a ajudar. Saudades, mestre Carlos Patrício Samanez. Deus o tenha, meu amigo, muito obrigado por tudo.

As Críticas

E por fim, acabei dando uma entrevista para uma emissora de televisão, quem quiser aí pode achar. Não quero nenhuma publicidade, mas sim demonstrar uma indignação ao qual estamos acostumados a viver no país inteiro. Minha frase criou certa repercussão sim, “Os assassinos estão livres, nós não estamos!!!” Uma musica da minha infância e adolescência, mas nunca vi ser tão atual. Não vou dizer nada da polícia aqui, eles cumprem seus papéis. Quando somos assaltados, se há um policial perto, fiquem tranqüilos. Eles vão cumprir seu dever. Quando há confronto, são eles lá e nós nas nossas casas. Quem dá entrevista? O policial. E afinal, apareceu uma vitima da sociedade, obviamente com 14 anos, que confessou o crime. Que a policia vai fazer? Mandar para casa? Ele está “apreendido”, e pelo que vejo a polícia se empenha em levar o caso a sério, obviamente desconfiando dessa autoria no mínimo estranha e conveniente. Não, senhores, minha cobrança hoje é outra. Antes de fazer copa das copas e olimpíada no Brasil, preciso ver direitos humanos para humanos. Cadê uma declaração de um político, especialmente de um desses defensores das “VDS” (Vítimas Da Sociedade, podem cunhar, esse termo é meu, usem e abusem...) sobre esse simpático estrangeiro que dedicou trinta anos de sua vida ao meu país? Onde estão? Se todos merecem uma segunda chance, cadê a chance do meu professor? E dos outros 150 assassinatos diretos que ocorrem no país, sem contar latrocínios? Sabe onde eles estão? Torrando o meu e o seu dinheiro na copa das copas, gente, onde está a grana do lucro dessa copa? Nos cortes na educação, na mosquita da zica ou no novíssimo programa de estoque de vento, recentemente criado pela nossa PRESIDENTE? Talvez na Petrobrás. Pode ser la. Ou no décimo terceiro salário dos funcionários públicos do estado do Rio De Janeiro, pagos devidamente a prestação. Alguma declaração? Uma das pessoas da equipe que me entrevistou (muito gentis por sinal, sou muito grato ao tratamento recebido) comentou comigo que ela estava fazendo a terceira entrevista de assassinato aquele dia. Que era comum (adorei isso, é comum, não normal) assassinatos diários aqui. Cadê aqueles caras que votamos, por livre e espontânea vontade? Sim, pode parecer um absurdo aqui, mas ele é uma pessoa especial. Não há nenhum crime contra sua pessoa, suas armas foram o giz, pilot e caneta. Mas quando um marginal é preso, existe uma força tarefa para defendê-lo. Ele não teve chance... Não gente, vamos parar os clichês. Esse tipo de coisa. Fui assaltado três vezes, duas das quais reagi. Não sou idiota, foi no susto mesmo. Nas duas, a polícia chegou. Em uma, em 2008, as vitimas da sociedade que me atacaram morreram. Isso depois de ter tomado uma coronhada e estar caído no chão, graças a DEUS a polícia apareceu. Esses “assassinos asquerosos” em que confio e salvaram minha pele duas vezes, alvejaram duas vitimas da sociedade, que não tiveram chance, mas sabem apontar uma arma para um professor e estão de carro, ou seja, sabem dirigir. Minha tristeza é que o homem que rouba um pedaço de pão, esse perdeu a dignidade. Esse precisa de ajuda. O que rouba a maior empresa estatal de petróleo do mundo teve chance, e aí? Não estou falando de assaltantes de rua, os de gravata valem também. Alguém tem duvida de que as vitimas somos nós, que pagamos altíssimos salários para parlamentares inescrupulosos, que levam ao pé da letra a maximização do lucro, e que pagamos também pensão aos filhos de presidiários? Sim, estamos trancados em casa, e uma das frases que mais me incomoda (justificando o atual governo) é de que “Corrupção sempre existiu no Brasil.” Bananas. Sempre existiu, mas antes roubavam o leite da vaca, hoje mataram o animal, fizeram churrasco e estão partindo para o proprietário de terras. Temos um grupo de Sem Terras, que está é apoiado pelo governo há milhões de anos, e continua sem terra. Mas fiel ao governo. Quantos políticos tem sítios e fazendas, afinal?

Tive o desprazer de ser aluno de um dos grandes ícones de defesa das VDS na minha adolescência. Talvez por isso não tenha aprendido história direito. Me lembro bem de frases suas, lendárias: “No Brasil se tira carteira da OAB para ter passaporte de 171”, ou então “Policial aqui tem passaporte de assassino”. Mas em um fatídico dia, meu pai fez uma viagem a Detroit a trabalho, claro. Me trouxe um relógio de $ 600,00, como presente de formatura. Inocente, fui assaltado por duas VDS, com direito à arma e tudo. Chegando na escola, ele veio me dizer que meu pai era playboy, e que as pessoas que me assaltaram eram as verdadeiras vítimas. Legal. Um filme em câmera lenta me veio à cabeça, meu pai catou algodão na roça, com a revolução em 64 veio trabalhar em SP como Office Boy de uma multinacional, se formou engenheiro mecânico e cresceu engolindo muito sapo até ser diretor regional da empresa aqui no Rio. Sua carteira foi assinada com 15 anos. Bem, minha digna atitude quase me levou a ser expulso da escola.

Fecho o texto me desculpando pela sua extensão, espero que tenham gostado, pensado e refletido muito. Antes do final, porém, deixo aqui uma reflexão, uma pergunta: Leitor, sou influenciado pela escola austríaca de economia, aonde, mal resumindo, o estado deve prover saúde, segurança e educação, e a manutenção dos contratos vigentes. Sou insano? Não. Minha pergunta: Digamos que haja um candidato à presidência honesto nas próximas eleições. Ok, votemos nele. Ele então deve nomear hoje quase quarenta ministros honestos. Se você me der o nome de cinco fichas limpas para ocupar os cargos, te dou uma medalha. Se então achou, vou mais abaixo, 27 governadores totalmente honestos e sem passado suspeito. Quer mais? Umas 5000 prefeituras. Você vê futuro nisso? Sem contar nos cargos indicados, dois foram indicados para desembargador aqui no Rio outro dia. Legalmente. A pena do juiz que foi pego sem habilitação dirigindo bêbado aqui foi se aposentar com salário integral. A funcionaria pagou multa pos “desacato à autoridade”. Se for enumerar, não tem fim.

Caro amigo, se este texto chegou a você, e pretende vir às olimpíadas, repense. Você pode ficar em uma enchente, ser assaltado ou pegar o mais novo astro brasileiro, o vírus zica. Fora mais alguns probleminhas aqui. Seu dinheiro não será usado para ajudar nosso país, mas sim para continuar essa máquina do mal que impera hoje aqui. Seja la quem for em 2018, se chegarmos lá, não resolverá nossos problemas. Grato a todos, segue abaixo a formação acadêmica do meu professor. Hoje não teremos a sessão curtiu. Não há nada a curtir. Abraços a todos.   

Carlos Patrício Samanez

Formação:

Graduado em engenharia industrial, mestre em ciências na área de engenharia de produção pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro e doutor em administração -finanças e economia de empresas pela EAESP/ FGV. Trabalhou na indústria têxtil, farmacêutica e de alimentos como engenheiro de produção. Atualmente é professor associado da Faculdade de Economia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro -UERJ, e professor adjunto do Departamento de Engenharia Industrial da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, onde é coordenador de extensão e coordenador da área de finanças. Leciona nos cursos de graduação em economia da UERJ, e na graduação, mestrado e doutorado acadêmicos em engenharia de produção da PUC-Rio. É professor do curso de mestrado profissional em logística da PUC-Rio. Leciona e lecionou vários cursos de MBA e de extensão na área de engenharia de produção e finanças. É autor de conhecidos livros usados em cursos de graduação e pós-graduação, tais como Leasing Financeiro editado pela Atlas, Matemática Financeira, Gestão de Investimentos e Geração de Valor e Engenharia Econômica editados pela Pearson-Prentice-Hall. Foi o ganhador, em co-autoria, na categoria trabalhos acadêmicos, da 3ª. edição do Prêmio Itaú de Finanças Sustentáveis. Tem experiência em finanças e economia de empresas, atuando principalmente nos seguintes temas: análise econômica de projetos industriais; aplicações da teoria das opções reais na análise econômica de projetos de petróleo, energia e gás; planejamento financeiro e orçamentário; tarifação e avaliação de concessões públicas; mercado de capitais; valoração de títulos e de derivativos financeiros complexos; gestão de investimentos de capital; valuation de empresas; simulação estocástica e análise de risco em finanças; matemática financeira etc. Atua como consultor de empresas na área de gestão financeira e de análise e avaliação de projetos (CENPES-Petrobras etc).

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