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segunda-feira, 4 de abril de 2016
Gênios Loucos: As 10 Histórias Mais Estranhas Sobre Cientistas Famosos
Gênios Loucos: As 10
Histórias Mais Estranhas Sobre Cientistas Famosos
Os cientistas são um grupo
notoriamente diferente. Afinal, ser um pouco diferente ajuda a perseguir ideias
que outros não acreditam, e isso fez com que muitos tivessem personalidades excêntricas,
ou fossem complexos demais para níveis intelectuais mais limitados. E um bom número
deles passou a extremos em sua busca por conhecimento, com resultados às vezes
terríveis, às vezes hilários. Aqui estão 10 dos mais estranhos
fatos sobre cientistas e matemáticos dos mais famosos do mundo:
10. Não aos feijões!
Você pode agradecer ao matemático grego Pitágoras
pela contribuição à geometria básica, o teorema de Pitágoras. Mas algumas de
suas ideias não resistiram ao teste do tempo. Por exemplo, Pitágoras defendia
uma filosofia vegetariana, mas um dos seus princípios era uma proibição
completa de tocar ou comer feijão. Diz a lenda que feijões eram parcialmente
culpados pela morte de Pitágoras. Depois de ser expulso de sua casa por
invasores, ele se deparou com um campo de feijão, onde supostamente decidiu que
preferia morrer do que entrar no campo – e assim os invasores cortaram sua
garganta. (Os registros históricos não mostram uma razão clara para os ataques).
9. Quando você tem que ir, mas não
vai…
O astrônomo dinamarquês Tycho Brahe,
do século 16, foi um nobre conhecido por sua vida e morte excêntricas. Ele
perdeu o nariz em um duelo na faculdade e usava uma prótese de metal permanente.
Adorava festas: teve sua própria ilha, e convidou amigos para ir a seu castelo
e depois partir em aventuras selvagens. Ele fez com que os hóspedes vissem um
alce que ele tinha domesticado e um anão chamado Jepp que manteve como um “bobo
da corte”, fazendo-o se sentar permanentemente debaixo da mesa, onde Brahe
ocasionalmente lhe dava restos de comida. Mas a sua paixão por postura política
pode ter sido inadvertidamente a causa de sua morte. Em um banquete em Praga,
Brahe insistiu em ficar na mesa quando precisava muito ir ao banheiro, porque
deixá-la seria uma violação de regras de etiqueta. Isso foi uma má jogada; Brahe
desenvolveu uma infecção renal e sua bexiga estourou 11 dias mais tarde, em 1601.
8. O herói desconhecido
Nikola Tesla foi um dos heróis desconhecidos
da ciência. Ele chegou nos EUA vindo da Sérvia em 1884 e rapidamente passou a
trabalhar para Thomas Edison, fazendo avanços importantes em rádio, robótica e
eletricidade, alguns dos quais Edison tomou o crédito por. Mas Tesla não era
obcecado apenas em sua busca científica. Ele provavelmente tinha transtorno
obsessivo compulsivo (TOC), recusando-se a tocar em qualquer coisa suja, mesmo
que apenas um pouquinho. Também não tocava em cabelos, brincos de pérola ou
qualquer coisa redonda. Além disso, ele se tornou obcecado com o número 3. E em
cada refeição, ele usava exatamente 18 guardanapos para polir os utensílios até
que brilhassem.
7. Professor distraído
Werner Heisenberg pode ser um
brilhante físico teórico, mas com a cabeça nas nuvens. Em 1927, o físico alemão
desenvolveu as famosas equações de incerteza envolvidas na mecânica quântica,
regras que explicam o comportamento em pequenas escalas de minúsculas partículas
subatômicas. No entanto, ele quase não conseguiu seu doutorado, porque não
sabia quase nada sobre as técnicas experimentais. Quando um professor
particularmente cético em sua banca examinadora perguntou-lhe como uma bateria
funcionava, ele não tinha nem ideia.
6. Prolífico polímata
O físico Robert Oppenheimer era um
polímata (aquele com conhecimento muito amplo em mais de uma área), fluente em
oito idiomas e interessado em uma ampla gama de assuntos, incluindo poesia,
linguística e filosofia. Como resultado, Oppenheimer às vezes tinha dificuldade
para entender as limitações das outras pessoas. Por exemplo, em 1931 ele pediu
a seu colega da Universidade da Califórnia em Berkeley, Leo Nedelsky, para
preparar uma palestra para ele, observando que seria fácil, porque tudo estava
em um livro que Oppenheimer indicou. Mais tarde, o colega voltou confuso porque
o livro estava inteiramente em holandês. Eis a resposta de Oppenheimer: “Mas
holandês é tão fácil!”.
5. Documentado até a morte
O arquiteto e cientista Buckminster Fuller é mais
famoso por criar a cúpula geodésica, visões sci-fi de cidades futuristas e um
carro chamado Dymaxion em 1930. Mas Fuller também foi um pouco excêntrico. Ele
usava três relógios que mostravam o tempo em vários fusos horários quando voava
por todo o mundo, e passou anos a dormir apenas duas horas por noite, atitude
que ele apelidou de sono Dymaxion (ele finalmente cedeu porque os seus colegas
não podiam fazer o mesmo, ou seja, manter-se sem dormir). Mas o gênio também
passou muito tempo narrando sua vida. De 1915 a 1983, quando ele morreu, Fuller
manteve um diário detalhado que ele atualizava religiosamente em intervalos de 15
minutos. O registro resultante está em pilhas de 82 metros de altura e está alojado
na Universidade de Stanford.
4. Matemático sem-teto
Paul Erdös era um teórico matemático
húngaro tão dedicado ao seu trabalho que nunca se casou. Vivia apenas com uma
mala. Muitas vezes, aparecia na porta de seus colegas sem aviso prévio, dizendo:
“Minha mente está aberta”, e divagava sobre problemáticas numéricas nas quais
iria trabalhar a seguir. Em seus últimos anos, ele bebia café e tomava pílulas
de cafeína e anfetaminas para ficar acordado, trabalhando de 19 a 20 horas por
dia. Erdős usava o termo “partir” para pessoas que tinham morrido, e o termo “morrer”
para pessoas que tinham parado de fazer matemática. Seu foco único parece ter
valido a pena: o matemático publicou cerca de 1.500 documentos importantes,
recebeu vários prêmios e a comunidade de matemáticos que trabalhou com ele
criou em sua honra o Número de Erdős.
3. O físico brincalhão
Richard Feynman foi um dos físicos
mais prolíficos e famosos do século 20, envolvido no Projeto Manhattan, o esforço
americano ultrassecreto para construir uma bomba atômica. Mas o físico também
foi um grande brincalhão. Se entediado do Projeto Manhattan, em Los Alamos,
Feynman supostamente passava seu tempo livre abrindo fechaduras e cofres para
mostrar a facilidade com que os sistemas podiam ser quebrados. No caminho para
o desenvolvimento de sua teoria vencedora do Prêmio Nobel em Eletrodinâmica Quântica,
ele saiu com showgirls de Las Vegas, tornou-se um especialista na língua maia,
aprendeu canto gutural tuvano (Tuva é um Estado da Rússia) e explicou como anéis
de borracha levaram a explosão da nave espacial Challenger, em 1986.
2. Móveis pesados
O matemático e engenheiro eletricista britânico
Oliver Heaviside desenvolveu técnicas matemáticas complexas para analisar
circuitos elétricos e resolver equações diferenciais. Mas o gênio autodidata
foi chamado de “esquisito de primeira linha” por um de seus amigos. O
engenheiro mobiliou sua casa com blocos de granito gigantes, pintava suas unhas
com cor rosa brilhante, passava dias bebendo apenas leite e pode ter sofrido de
hipergrafia, uma condição que causa no cérebro um impulso irresistível de
escrever.
1. A guerra dos ossos
Durante a grande corrida de
dinossauros dos anos 1800 e início de 1900, dois homens usaram uma série de táticas
cada vez mais sombrias para superar um ao outro em busca de fósseis. Othniel
Charles Marsh, um paleontólogo do Museu Peabody, da Universidade de Yale, e
Edward Drinker Cope, que trabalhava na Academia de Ciências Naturais da Filadélfia,
Pensilvânia, começaram de forma amigável o suficiente, mas logo tornaram-se
inimigos. Em uma viagem de “caça aos fósseis”, Marsh subornou os guardas do sítio
arqueológico para desviar qualquer descoberta potencial do caminho do rival. Em
outra expedição, Marsh enviou espiões ao longo de uma das viagens de Cope. Corriam
rumores de que eles dinamitaram camas um do outro para evitar suas descobertas.
Eles passaram anos publicamente humilhando um ao outro em artigos acadêmicos e
acusando-se mutuamente de crimes financeiros e inaptidão nos jornais. Ainda
assim, os dois pesquisadores fizeram grandes contribuições para o campo da
paleontologia: dinossauros emblemáticos como os estegossauros, tricerátopos,
diplódocos e apatossauros foram todos descobertos graças aos seus esforços.
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